A automação sempre vence
Um processo automático é muito mais flexível do que um manual. Em diversos países do mundo, encontrar pessoas dispostas a trabalhar em uma planta de processamento é difícil, senão impossível. As pessoas também costumam ser caras, principalmente quando se trata de tarefas especializadas, como desossa de peitos e pernas.
Os sistemas automáticos de desossa podem lidar com produtividades por hora muito maiores. Também é fácil reduzi-los ou aumentá-los para atender à demanda do mercado. Produtividade muito maior significa custos mais baixos por unidade desossada, tornando a carne desossada automaticamente mais acessível como produto cru para venda no varejo e como base para outros itens processados.
Corte flexível
A anatomia limita as possibilidades de equilíbrio perfeito da carcaça, pois os produtos só podem ser cortados e desossados de um número finito de formas. Os sistemas modulares de corte e desossa atuais oferecem aos processadores a opção de criar a maior variedade possível de produtos finais dentro das restrições estabelecidas pela Mãe Natureza. Para dar mais flexibilidade ao programar seu sistema de corte, a Marel divide os produtos em componentes de asa, metade dianteira e traseira. Então, cada um é alocado ao seu próprio regime de corte.
Embora o fornecimento de aves vivas (o fator “Push”) seja relativamente inflexível, os processadores têm acesso às informações e à automação para ajudá-los a obter o melhor de tudo.
Encontrando novos mercados
Quando se trata do fator “Pull”, o mercado vem à tona. Nos EUA, Europa e Oceania, a carne de peito reina suprema; nos mercados do Extremo Oriente, os consumidores preferem a carne de perna. As asas são muito populares nos EUA. No Brasil, a parte mais valiosa de um frango é o coração. Na África do Sul, as coxas são um item importante.
A crescente abertura do consumidor a novos sabores trazida por viagens internacionais mais baratas e fáceis, a “globalização” do fast food e o interesse da mídia em “cozinhar” está, no entanto, mudando lentamente as coisas. A carne de perna está se tornando cada vez mais popular nos mercados tradicionais de carne de peito, mesmo nos EUA, onde os melhores chefes de restaurante agora usam mais carne de perna do que carne de peito em seus pratos.
Cadeias internacionais de fast food estão apresentando aos clientes asiáticos produtos feitos de carne de peito. A mudança de paladares é, no entanto, um processo lento. Alcançar o equilíbrio da carcaça ainda significa encontrar um mercado para as partes do produto, que são relativamente “indesejadas” no momento em que são produzidas.