Processadores de carne estão deixando milhões na mesa

Existe uma solução digital para isso

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E se a diferença entre lutar contra margens apertadas e alcançar lucros sustentáveis estivesse na recuperação de apenas 2% do seu produto perdido? Para a maioria dos processadores de carne, esses 2% representam milhões em receita anual — receita investida em animais que nunca chegam ao mercado consumidor.

Já passou o tempo de aceitar perdas como algo normal no processamento primário e secundário de carnes. Os processadores que compreendem onde estão perdendo margem estão se posicionando como líderes na indústria. Embora métodos tradicionais para quantificar essas perdas sejam historicamente difíceis de aplicar na indústria de carnes, hoje os softwares de processamento de alimentos revelam exatamente onde as perdas ocorrem — e ainda fornecem o controle operacional necessário para transformar desafios em oportunidades.

A nova realidade das margens espremidas no processamento

O crescimento no mercado de carnes tem sido limitado por diversos fatores nos últimos anos. Mudanças nas preferências dos consumidores e o baixo crescimento da renda disponível somam-se aos aumentos nos custos com recursos como água e energia, além de novas regulamentações que geram custos extras com segurança alimentar, bem-estar animal e melhores condições de trabalho.

Embora o consumo de carne suína tenha crescido na China, oferecendo oportunidades de mercado, eventos climáticos extremos, aumento de doenças no rebanho e a conversão de pastagens em áreas de cultivo devem reduzir a produção de bovinos e suínos nos próximos 7 a 10 anos. Com isso, os processadores enfrentarão ainda mais pressão para reduzir perdas e encontrar valor em cada etapa da produção. Com as recentes tensões tarifárias reorganizando as cadeias de suprimento, após alguns anos de bons resultados, os processadores de carne bovina e suína agora lidam com margens de processamento cada vez mais estreitas.

Escala e eficiência tornaram-se cruciais diante desse cenário. Processadores mais eficientes dominam o mercado, exigindo que os demais se adaptem às pressões econômicas ou percam espaço. Esses líderes estão investindo em tecnologias avançadas de processamento de carnes para manter sua vantagem competitiva.

A pressão nas margens se espalha por toda a cadeia de suprimentos. Segundo os relatórios trimestrais de carne bovina e suína da Rabobank para 2025, o crescimento da produção de animais será desacelerado por todos esses fatores.

Isso exigirá que os processadores analisem a fundo suas próprias perdas para entender onde elas ocorrem, eliminem vazamentos e aumentem os rendimentos.

Justin Sherrard
Estrategista global da Rabobank

"Esse cenário de cadeias de suprimento operando com altos custos e margens apertadas é também uma oportunidade para as empresas melhorarem seus processos e produtos."

Melhorar as margens do processamento de carnes vai além da perda de matéria-prima: envolve também o uso de água e energia, desperdício com embalagens e custos com mão de obra — seja pela escassez de profissionais qualificados que eleva salários, seja pela ociosidade causada por gargalos, falhas mecânicas ou trocas de produto não planejadas.

A valorização do que é hoje considerado perda traz benefícios não só para os negócios, mas também para a segurança alimentar global. Ter visibilidade completa sobre as suas linhas de processamento cria oportunidades reais de melhorar e construir um negócio mais lucrativo e sustentável.

Enxergando a oportunidade na redução de perdas

Historicamente, a indústria de carnes dispunha de poucos dados sobre perdas em nível setorial. Com os parâmetros de rendimento variando conforme raça, idade e peso dos animais, medir perdas sempre foi um desafio.

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Fonte: Análise da Valorização de Perdas e Desperdício de Alimentos a partir de Subprodutos de Origem Animal do Setor de Varejo

No entanto, estudos realizados no mundo, especialmente na Austrália, indicam que 23% da matéria-prima é perdida ao longo da cadeia de suprimentos, sendo 20% disso no processamento primário e secundário de carnes.

No processamento primário e secundário de carnes, grande parte dessas perdas pode ser evitada com boas práticas e com a adoção de economias circulares — aproveitando subprodutos que não são utilizados no mercado tradicional ou que poderiam ser melhor recuperados. Materiais como ossos, sangue e miúdos podem ser convertidos em biocombustíveis, rações, fertilizantes ou ingredientes farmacêuticos, reduzindo a destinação para aterros e gerando novas fontes de receita. A água residual pode ser tratada e reutilizada, e inovações em embalagens reduzem o uso de plásticos — tudo isso contribuindo para uma operação mais sustentável e resiliente.

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Fonte: Perdas e Desperdício de Alimentos na Indústria da Carne — Por que a etapa de consumo gera as maiores perdas?

Deixando dinheiro na mesa: como virar o jogo?

Estudos e estatísticas ajudam, mas como transformar esses dados em rendimento real e melhores margens nos recursos como energia, água e mão de obra?

Passo 1: Identifique a perda

Em um estudo australiano da Meat and Livestock Australia Limited, foram identificadas quatro principais causas de perdas nas plantas de processamento primário:

  1. Velocidade do processo
  2. Habilidade e fadiga humana
  3. Miúdos comestíveis sem mercado
  4. Falta de profissionais qualificados para processamento de miúdos

Os dois últimos pontos são mais relevantes para mercados específicos e não representam perda em países com cultura de aproveitamento integral dos miúdos.

As maiores perdas no processamento secundário vieram de:

  • Habilidade no corte e inspeção dos operadores
  • Falhas de manutenção em equipamentos de processamento e embalagem
  • Contaminação dos cortes primários com metais ou plásticos

Perdas de matéria-prima também ocorrem por:

  • Qualidade da desossa e refile (carne deixada no osso, carne deixada na gordura aparada, carne que cai durante a desossa)
  • Controle de temperatura
  • Higiene
  • Detecção (sanidade da carcaça e objetos estranhos)
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Fonte: Produção de Carne e Laticínios — Our World in Data

Linhas combinadas

Em plantas que integram abate e industrialização, é comum a linha de abate operar mais rápido do que a de desossa, criando gargalos. Uma solução é reduzir a velocidade da linha, permitindo mais precisão — mas isso exige mão de obra qualificada, o que, em muitos países, é escasso e caro.


Identificar as perdas específicas da sua linha é o primeiro passo para reduzi-las. Trabalhar com um fornecedor de software permite não só mapear gargalos e perdas operacionais, mas também garantir que a solução digital trará resultados reais para o seu negócio.

Passo 2: Escolha tecnologias que transformam perdas em lucros

Robôs automatizados, softwares integrados e níveis de serviço adequados são algumas das formas como processadores de carne bovina e suína estão enfrentando os desafios do setor.

A natureza do processamento de carnes envolve perda — seja pela umidade durante o resfriamento, subprodutos inevitáveis ou falhas no corte e refile. Os softwares trazem valor ao medir, monitorar e controlar temperaturas e movimentação de matéria-prima. Uma das funções mais valiosas é o cálculo automatizado e preciso de rendimentos.

Se você melhora seus dados, melhora também suas perdas de rendimento. Imagine o ganho de reduzir a perda por gotejamento ou evitar a desvalorização de um produto em 1,5%. Cada ponto percentual recuperado é lucro direto para o negócio.

Eric Roubos
Gerente de Produto de Software para Carnes, JBT Marel

Infographs Meat Dashboards PT
Painel ilustrativo. A aparência, os dados e as funcionalidades reais podem variar conforme a configuração do sistema e as licenças.

Qualidade, quantidade e timing

Softwares ainda geram insegurança em muitos processadores por parecerem distantes da realidade prática da indústria. Mas essas ferramentas reduzem perdas ao mostrar com precisão o que está acontecendo nas linhas — onde ocorrem falhas, o que pode ser ajustado. Com mais visibilidade, as decisões são mais rápidas, eficazes e seguras.

O que você não enxerga, custa caro:

Aspect Sistema tradicional Sistema com software
Detecção de falhas e custos Desvios passam despercebidos e geram grandes prejuízos Dashboards e relatórios históricos permitem decisões estratégicas e previsões assertivas
Gestão de dados e resposta Entrada manual de dados e departamentos isolados atrasam correções Sistemas integrados centralizam dados, automatizam classificações e alertam problemas em tempo real

Passo 3: Caminho para adoção de soluções digitais

Adotar soluções digitais pode parecer desafiador diante das diversas opções disponíveis. A recomendação da JBT Marel é combinar pesquisa própria, troca com colegas da indústria e conversas com fornecedores especializados para mapear os desafios e oportunidades do seu negócio.

Trabalhar com um parceiro de software desde o recebimento dos animais até o despacho dos produtos, passando por classificação, abate, desossa e embalagem, permite criar um plano alinhado aos seus objetivos.

Uma das razões pelas quais gosto de trabalhar na JBT Marel é que oferecemos aos nossos clientes não apenas expertise global, mas também tudo que eles precisam para ter sucesso — equipamentos, software e serviços integrados.

Eric Roubos
JBT Marel

As soluções modulares de hoje funcionam como blocos de construção: permitem uma implementação gradual, com ajustes conforme necessário. Esse modelo facilita a aceitação das equipes e reduz a resistência às mudanças.

“Recomendamos começar com áreas onde os resultados aparecem rapidamente. Isso engaja os colaboradores e reduz barreiras.”
— Eric Roubos

Prepare-se para o futuro digital da indústria de carnes

A perda de alimentos ocorre em toda a cadeia da carne, do campo à mesa — sendo que 20% dessas perdas acontecem no processamento primário e secundário de carnes. Com margens cada vez mais apertadas, o caminho está claro: processadores de carne bovina e suína devem adotar soluções digitais ou correm o risco de ficar para trás.

Ferramentas digitais — como sensores inteligentes, análise de dados em tempo real, monitoramento automatizado e inteligência artificial — estão transformando o modo como os processadores de sucesso operam. A pressão sobre as margens pode parecer um obstáculo, mas os líderes do setor a veem como combustível para mais eficiência, rentabilidade e menor impacto ambiental.

Os processadores que prosperarão no futuro são aqueles que investem em digitalização agora.
A equipe da JBT Marel está empolgada com as possibilidades que a tecnologia oferece à indústria de carnes.

Margins Thought Leadership Article AXIN

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